Inquieta

Inquieta

4.11.14

Na ânsia de ir...  

Ando assim, inquieta. A pensar em viagens, em ir sem pressa de voltar. Apetece-me partilhar uma viagem com Ele. Apetece-me chuva e frio e estar algures na Escócia ou Inglaterra. Apetece-me galochas, cores outonais, gorros e cachecóis. Há uma viagem planeada para breve, sendo que o breve é Dezembro. Não são terras de sua Majestade, vamos para fora cá dentro. Não quero esperar até Dezembro. Quero agora, já!Vou raptá-lo num destes fins de semana. Será? Acho que sim. Ele é menos inquieto que eu, menos compulsivo. Eu quero, penso e vou. Ele quer, pensa milhões de vezes e depois descobre milhares de razões para não ir. Elas existem, é certo, mas às vezes temos que nos desprender. Depois logo se vê. Digo isto porque tenho as costas quentes. Ele não tem quem olhe por ele (a não ser eu) e tem a responsabilidade da sua vida nos seus ombros. Isto fá-lo ser mais cauteloso e ponderado. Eu sou uma sortuda porque posso ousar levantar os pés do chão tendo a certeza que se aterrar mal alguém há-de ajudar a amparar a queda e fazer dela algo menos mau. Tenho-o a ele e a uma família inteira para me apoiar nas boas e más decisões. Espero conseguir dar-lhe amor suficiente para lhe amparar as quedas e que ele não volte jamais a cair sozinho. Espero que um dia ele sinta essa vontade de voar comigo e seja capaz de pensar "depois logo se vê". Para já, vou raptá-lo. E vamos a algum lado em breve. Ele merece. Nós merecemos. E depois logo se vê!