Conhecer e fotografar os gatos da Andreia fez-me sentir saudades de ter um gato em casa. Sinto falta daquela presença silenciosa que ainda assim se faz sentir, do circular misterioso pela casa, do olhar curioso e do ronronar ternurento. Faz-me falta essa personalidade mística, temperamental e independente que só os gatos sabem ter.


Já passaram largos meses desde a morte da nossa querida Lucy e alguns anos desde que o Zeca comilão também nos deixou. As suas mortes foram especialmente dolorosas para nós porque nas duas vezes tivemos que optar por pôr termo ao seu sofrimento. Não havia nada a fazer e foi o melhor para eles. Isto não torna esses momentos mais fáceis, nem apaga a dor de ter que dizer sim quando o veterinário não vê mais opções e nos pergunta se queremos adiantar um fim que é inquestionável.

Sinto que está na hora de seguir em frente. A saudade não vai desaparecer e a sua presença não pode ser substituída, mas irá fazer-nos bem ter um outro gato nas nossas vidas.

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