Foi simples. Fomos tu e eu. Levámos as havaianas, uma tenda, meia dúzia de coisas essenciais, amor e boas vibrações. Fomos nós e o carro, despreocupados, estrada fora. O grande plano era não ter grandes planos, parar onde nos sentíssemos bem. E aconteceu que nos sentimos bem logo na primeira paragem, em Sesimbra. Sem falar sobre isso percebemos que queríamos por ali ficar. Mesmo não tendo o parque de campismo as melhores condições de higiene nos balneários, gostámos daquilo sem conseguir muito bem explicar porquê. Também não interessa, decidimos que ali seria a nossa casa nos próximos dias.





Gostámos da descontracção da cidade, que despreocupada vai vivendo nas arribas mesmo ali, aos pés do mar. Gostámos do silêncio, da falta de confusão apesar do mês de Agosto. Gostámos do nosso talhão B tão grande onde sobrava espaço para a tenda e muito mais e onde as árvores não deixavam o sol nos acordar pela manhã. Foi aí que me disseste que estou a tornar-me numa campista a sério quando partilhei contigo que nos fazia falta duas cadeiras e uma mesa para ficarmos sentados a usufruir da tranquilidade do fim de tarde. Senti vontade de preencher um pouco aquele talhão B para que a tenda não parecesse tão perdida no vazio.





Fomos ficando sim, mesmo reclamando dos balneários. Gostámos de acordar e ver o mar logo ali, tão perto e aquele pontão a culminar num pequeno farol pintado de vermelho (e agora reparei que não tenho uma única foto dessa vista. Só espero que a minha memória não se esqueça!). Gostámos dos pequenos almoços servidos de forma descontraída no bar. E visitámos outros sítios sim, mas foi bom voltar sempre ao nosso talhão B. Ali dei por mim a pensar que contigo estou bem em qualquer lado, que o amor é mesmo um lugar estranho onde temos insistido em ficar juntos. Acho que fiquei apaixonada pelo talhão B de Sesimbra e que por lá me apaixonei também um pouco mais por ti.

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