Gosto de livros. Livros reais, daqueles de papel. Daqueles que sentimos, cheiramos, folheamos, deixamos cair no chão e apanhamos sem remorsos ou medo que se partam. Aqueles que enfiamos dentro da mala de qualquer maneira e pousamos na mesa de cabeceira, no banco de jardim ou na mesa do café. Em casa faço-me rodear de livros porque gosto de os sentir por perto, aquela presença aberta ao mundo, a outros mundos, que nos enche de possibilidades de conhecer. Nas viagens fazem-me sempre companhia e são os melhores amigos nos tempos mortos, nas esperas, nos aviões ou nos comboios. No verão, agora que os dias e as noites começam a aquecer, começo a sentir-lhes muito mais necessidade, a desejar aquele momento em que vou pegar num, refugiar-me num canto sossegado da casa ou do jardim e seguir viagem para onde me levarem as palavras. Não me encanto necessariamente pelos best sellers (mas também não os repudio). No fundo um livro prende-me por tudo e por nada, pelo autor, pelo que representou escrevê-lo, pelo título, pela capa, pelo primeiro parágrafo que leio, sorteado ao acaso, quando lhe pego pela primeira vez ou por nada disso, simplesmente pelo feeling de que poderá interessar-me e pela eminência do que me poderá fazer sentir.

E vocês, como se relacionam com os livros?

7 comentários

  1. mais vale um livro que mt outra coisa

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  2. Não consigo ler em tablets. Gosto de sentir o papel nos meus dedos, folhear página a página! Aw best feeling!

    Marli, do My Own Anatomy 🌵

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  3. Apesar de continuar a preferir em papel, uso as versões digitais ou auditivas para experimentar novos livros, novos autores, às vezes best sellers...
    Sempre que posso ando com um livro comigo (de preferência físico, gosto dos audios quando estou a desenhar e os digitais... bem nos últimos tempos só bandas desenhadas)

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  4. Tenho uma relação de quase amor-ódio com os livros. Adoro ler e isso reflecte-se na quantidade de livros que tenho, mas quando me sinto mais perdida (e é quando muitas vezes mais falta faz um livro) é quando menos leio. Não consigo explicar mas nessas alturas não me consigo concentrar e os livros são os primeiros "a notar" a minha diferença.
    Neste momento estou a ler "A Filha da Fortuna" de Isabel Allende, já o tinha começado a ler mas na altura não tive oportunidade de o acabar, (re)comecei novamente e não há como não gostar.

    Filipa

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    Respostas
    1. Um livro pode ser um escape mas percebo a tua dificuldade quando estás em momentos difíceis porque também exige muita entrega. Às vezes a cabeça simplesmente não consegue desligar-se assim tanto como gostaríamos e ler um livro exige isso, um desligamento quase total.

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