Será que a minha última publicação do ano 2014 no blogue vai ser sobre compras? Então e o que é feito das reflexões sobre o ano que termina ou resoluções face a 2015? Esqueçam! Não me apetece grandes reflexões, nem desejar isto e aquilo para 2015. Hoje sinto-me pragmática, capaz de atirar as reflexões pela janela. Tenho os brownies no forno, as entradas para preparar, a mesa para decorar... não há tempo para pensar em grande coisa (a não ser em terminar de escrever isto que está começado há dias, afinal de contas não gosto de começar o novo ano com assuntos pendentes).

Sobre 2015, que venha o que tiver que vir. Pelo caminho logo se vê. Provavelmente vai ser como 2014 (e os últimos anos desde que me lembro de mim): dúvidas, certezas, eu e odiar-me e a amar-me, eternamente insatisfeita (e satisfeita também, com a maioria das coisas) e a tentar melhorar ou mudar qualquer coisa em mim, ou na minha vida. Depois vêm os 30, decisões sobre isto e aquilo, gargalhadas pelo meio e turbilhões de emoções. Palpita-me que será isto. "O caminho faz-se caminhando", não é assim?


[Imagens | Zara]
E agora o que interessa: fui aos saldos! 
Sim, também me desgraço nas compras.
Odeio saldos. Não odeio as reduções dos preços em si, o que me aborrece é o espírito de desprezo pelas coisas que tiramos do cabide e atiramos para o molho em cima da bancada. Não suporto. Como por norma sou bastante organizada, andar a vasculhar no meio de pilhas de roupa faz-me ficar com urticária mental e dar meia volta e ir embora.
Já percebi que durante a semana pela manhã ou no fim da noite, já nas última hora antes do fecho das lojas, há menos confusão e as coisas estão normalmente mais arrumadas, portanto numa manhã desta semana lá fui eu, invadida pela febre do consumo, tentar encontrar algumas coisas que precisava (vestidos e blusas) e pelos vistos outras que não precisava (uma mala que dá para meter lá dentro este mundo e o outro).
Ainda que com menos gente, lá estavam as filas nos provadores, na caixa e os montinhos de roupa qual banca do mercado ao domingo. Encontrei o que queria e duas horas depois estava de volta com a carteira mais vazia, mas com aquela sensação de que agora sim, tenho o guarda-roupa completo com as peças básicas que tanto preciso (não vá o mundo desabar e eu não ter o que vestir!). 


[Imagem | Pull And Bear]

Pelo padrão comportamental de anos anteriores palpita-me que num destes dias, antes do fim da época dos saldos, vou acabar por perceber que afinal esqueci-me de comprar qualquer coisa. Nessa altura vou pensar: "Não falta nada, tenho tudo o que preciso, felizmente. Se calhar até de mais!" Depois vou justificar: "Mas só um par de calças pretas se calhar marchava, afinal aquelas outras já estão a ficar russas." E pronto, desgraço-me outra vez. É um presságio!

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