Para os menos arrojados as culottes não são fáceis de digerir. Para mim são uma daquelas tendências que, à semelhança dos ténis brancos, leva o seu tempo a entranhar. Eu própria não lhes acho muita piada a não ser pelo facto de que parecem (e são) confortáveis à brava. Por isso aproveitei os saldos para comprar umas, porque não me apetecia dar muito dinheiro por uma peça da qual sei que, mais cedo ou mais tarde, me vou fartar. Comprei-as fluídas porque, sendo mais adepta de skinnys, há dias em que apetece simplesmente andar mais confortável e ter um look mais solto. Comprei-as também por diversão, porque gosto de ter algumas peças no guarda-roupa que sei que nem toda a gente tem coragem de usar, ou que nem todos vão compreender visualmente. Às vezes apetece-me sair da minha zona de conforto e e sentir-me diferente.

Ontem, aproveitando que o calor saiu à rua e que me apetecia ter um look de quem já está com um pezinho no fim de semana, decidi estrear as minhas culottes cor-de-rosa velho. Se correu bem? "Não gosto nada de te ver com isso", disse a minha mãe. "Ai professora, parece as calças que a minha avó usava nos anos sessenta!", disseram as minhas queridas pestes da CTI. Perante isto ri-me porque era exactamente esse tipo de reacção que esperava. E não deixei de me sentir fantástica por isso, porque a moda é assim mesmo, encantadora, subjectiva, polémica por vezes, difícil de digerir noutras tantas, mas sempre uma expressão visual daquilo que somos e sentimos.

[Imagem | Asos]

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