Hoje foi dia de descanso. O destino: praia de Zalala (a aproximadamente 45 klm de Quelimane). O taxista que nos levou tinha o carro tão imaculadamente limpo que até me senti constrangida de pisar o tapete! Deve ter tido um colapso quando no fim do dia viu a areia que deixei no tapete de trás.


Para mim é um sobressalto andar de carro por aqui. Os carros andam ao meio da estrada evitando os buracos e não raras vezes aparece outro de frente. Normalmente, por precaução, os carros deveriam mudar para a sua faixa de rodagem, certo? Não aqui! Aqui vão a assapar em rota de colisão até que no último minuto o que tem menos "tomates" se desvia. Às tantas deixei de olhar para a frente e concentrei-me na paisagem de lado, para ficar mais tranquila. Nem por isso resultou. É que depois há os transeuntes de bicicleta e a pé. As pessoas transportam tudo nas bicicletas e com um ar mais ou menos desequilibrado lá vão estrada a fora. O taxista passava pelas pessoas à berma da estrada e eu só pensava que se alguém se desequilibrava ou atravessava à frente, ia acontecer um desastre!

Tinha uma imagem na cabeça de uma praia de areia branca, coqueiros, uma esplanada de palhota e águas cristalinas. Chegados à praia, não havia coqueiros. Ficaram todos pelo caminho. Também não havia areia branca nem esplanada nem… nada! Havia uma imensidão indescritível de um areal escuro e lá ao fundo, o Índico. A maré estava baixa. Caminhou-se até uma zona longínqua onde se via um aglomerado de gente. Uma série de pessoas esperavam que os pescadores regressassem da faina para lhes comprarem o peixe. Uma espécie de lota ao ar livre.





Na ausência de sombrinha ou toalha de banho, optámos por sair dali e ir para o Zalala Beach Lodge, segundo recomendação do taxista. Uma espécie de resort a uns 14 quilómetros da praia onde estávamos. Valeu a pena. Continuava a não haver areia branca, mas havia sombra e uma vista magnífica para o Índico. Aí, pela primeira vez, fui a banhos num outro oceano que não o Atlântico. Mas não se entusiasmem muito que isto de ir a banhos ali tem muito que se lhe diga. Mais uma vez eu pensei que com muito estilo ia poder mergulhar nas águas tórridas do Índico. Wrong! Fartei-me de caminhar até chegar ao mar. Quando cheguei, fartei-me de caminhar para a água me chegar aos joelhos e depois percebi que não servia de nada caminhar mais, a água não estava a ficar mais funda. E, não com muito estilo, lá me pus de joelhos para ficar com a água pela barriga. E lá andei aos trambolhões na areia e nas ondas para finalmente molhar a cabeça. E pronto, foi assim o meu primeiro mergulho num mar de águas quentes! Memorável, não é?





2 comentários

  1. Adorooooo isto... =)
    Consigo imaginar-te a contar estas aventuras, é como se te ouvisse!
    Bjokas grandes e boa continuação*
    Tânia e Ritinha*
    (P.S. - Vou continuar a seguir as tuas aventuras...)

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    1. Eu também me divirto muito a escrever, é a única forma que tenho de partilhar com vocês. As fotos não mostram tudo e com o passar do tempo as histórias esquecem-se. Assim não me esqueço :D

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