Há viagens que nos marcam e esta pela Bretanha (França) foi uma delas. Já lá vai algum tempo, foi em Maio de 2012. E perguntam vocês: "Mas porque carga de água vai ela agora buscar esta viagem assim do nada?" E eu respondo: "Podia até ser do nada, que ninguém tem nada a ver com isso, sim? Mas até há um motivo para eu falar disto agora. O motivo é: Galettes!"


Tudo começou ontem comigo a acordar às 11 da manhã, cheia de fome e já perto da hora de almoçar. Era, portanto, hora de preparar umbrunch. Lembrei-me da farinha integral fora de prazo já há uns 3 meses guardada na dispensa e pensei que era hora de gastar aquilo. "Mas o que raio vou eu fazer a esta hora com farinha integral? Tenho é fome, quero comer!"  E pronto, fez-se luz: Galette! Galette consiste num crepe de farinha integral, guarnecido com queijo, fiambre e/ ou bacon, cogumelos e um ovo estrelado. Pode levar outras coisas, mas estes ingredientes são os que gosto mais. A melhor Galette que comi enquanto andei pela Bretanha foi a primeira, numa creperie de Saint-Malo. 

Arriscada a apanhar uma intoxicação alimentar com farinha fora de prazo (eu verifiquei e não tinha bicho, sim?), lá arregacei as mangas e preparei a minha versão da galette. Digo "a minha versão" porque eu acho que aquilo se faz assim, só comi umas quantas lá por França, mas nunca pedi a receita a ninguém, nem a procurei na net. Gosto de pensar que sei fazer Galette! Se calhar até sei, porque sabe bem!


Saint-Malo é terra de piratas, ou não fosse uma cidade costeira. Senti-me mesmo uma pirata a andar lá pelas muralhas, a fazer a travessia pelo mar na maré baixa, a visitar os barcos pirata atracados... é muito giro. Tudo remete para esse tempo, da pirataria. Parece que estamos algures há uns séculos atrás. Apetece vestir uma blusa branca com riscas azul marinho (e eles vendem essas blusas por lá!), pôr uma pala no olhos e uma perna de pau e andar  por lá de espada em riste a passear. 







Claro que, um pouco como toda a Bretanha, Saint-Malo também tem uma forte influência arquitectónica da vizinha Inglaterra. 






Com a maré baixa podemos aceder aos fortes construídos para proteger a cidade da pirataria. Se nos distrairmos com a subida da maré corremos o risco de ficar presos no forte e o único regresso possível é via resgate de barco ou esperar nova maré baixa. Pelo caminho podemos ir descobrindo bivalves e outras coisas que normalmente estariam submersos.










Vá, não vos chateio mais. Mas só para terminar, em Saint Malo, como na Bretanha em geral, há uma forte presença mística das fadas e dos duendes. Isso e os piratas tornam toda a cidade numa espécie de mundo fantasioso, quase belo demais para ser verdade!

3 comentários

  1. Que sítio tão bonito! Deu-me vontade de ir lá também :)

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  2. Apesar de lá ter estado um dia inteiro, a minha visita por St. Malo foi quase de passagem. E como já foi há uns anitos, já nem sei bem o que fiz, para além de andar pelas principais ruas de comércio, de ter aproveitado a magnífica vista do mar e de ter comido umas belas "moules" (dos melhores ingredientes que se pode comer por toda a Bretanha, honestamente). A cidade é fantástica, e estas fotografias também o são. Gostei especialmente da 14ª.

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    1. Les moules avec pommes frites :) Curiosamente não provei por lá, mas tive oportunidade de os provar em côte d'azur e são fresquíssimos e deliciosos!

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