Aplicando a psicologia social ao ataque de Paris, eu diria que a preocupação de todos nós face aos horrores provocados pelos extremistas islâmicos, passou, ao longo destes últimos dias, de objecto de atitude periférico a objecto de atitude central. Ou seja, a forma como nos posicionamos perante estes factos foi alterada pela proximidade geográfica em que ocorreram e impulsionada pela acção da comunicação social. 

Isso explica porque é que, apesar do mundo estar em guerra permanente em alguns países do mundo (aqueles que ficam lá longe, no médio oriente), muito poucas vezes nos importamos ou lembramos disso. Não andamos por aí a colocar bandeiras do Afeganistão nas nossas fotos de perfil do Facebook, sabendo nós que há gente a explodir por lá todos os dias. Contudo, quando percebemos que estas coisas também podem acontecer na Europa e que pode tocar-nos a todos nós, começamos a sentir-nos inquietados e um pouquinho mais preocupados e solidários com os outros. Aí colocamos bandeiras e fotos da Torre Eiffel (e contra mim falo) por todo o lado. Objecto de atitude central, é o que é. 

P.S. Não estou, com isto, a julgar ninguém.

4 comentários

  1. As pessoas estão solidárias com a França e tens razão, a proximidade também conta

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  2. Agora que falas nisso faz todo o sentido!

    Beijinho*

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  3. É exatamente isso que sucede, Vânia. Expuseste na perfeição aquilo que sinto.

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