Fui para fora cá dentro | Aveiro
31.8.16
Fomos apesar dos incêndios, estrada aberta em direcção ao céu escuro. Levámos música e boa disposição, uma tenda, almofadas, mantas e tudo para improvisar um quarto, sala, cozinha e casa de banho. Fomos sem saber muito bem para onde, em direcção ao Camping Costa Nova, para nos instalarmos no "nosso" bocado de terra. Fomos e quando chegámos, no fim do dia, sentimos um vento forte e frio, toda a gente de cabelo no ar, bem agasalhados e um certo caos trazido pelo ar desconfortante. Percebemos que nos esquecemos de levar roupa de inverno (porque na verdade estamos no verão, certo?), mas depois de providenciarmos agasalhos percebemos que haveria de correr tudo bem. Assim foi.
O vento cessou no dia seguinte e o sol acabou por aparecer, sempre nas tardes, escondendo-se tímido no céu cinzento das manhãs. Andámos quilómetros de carro no meio de pinhais, ladeando praias e povoações entre a Praia de Mira, a Tocha, Aveiro, Ílhavo, Vagueira e a Figueira da Foz. Comemos tripas com Nutela na Costa Nova, passeámos de mão dada à noite na Praia da Barra e sentámo-nos a ver o farol, ao longe, como um traço de luz.
Dormimos sem despertadores e tanto quanto nos apeteceu. Surpreendemo-nos com a arte Xávega, a venda de peixe em pleno dia na praia e a apanha pelos veraneantes do pescado fugido das redes e deixado à deriva.
Fomos assim, despidos do dia-a-dia, embrenhando-nos no lazer das descobertas e novidades. Fomos como somos, eu com as minhas distrações e o Sérgio a proteger-me de mim mesma, com histórias que ficam só para nós, nas entrelinhas dos momentos nossos.
Parámos, descansámos e namorámos muito captando um tempo só para nós e que nos fazia tanta falta. Comemos sem horas certas, quando o corpo pedia, o que a vontade ou o local ditava.
Simplificámos. Guiámo-nos pelo sol sem olhar a telemóveis, relógios ou o que quer que nos limitasse os dias. Ouvimos as nossas vontades e tranquilizámos o que nos pudesse apoquentar. Tudo ficou para depois menos o sermos felizes, porque quisemos para nós dias únicos de ternura.
Adoro Aveiro, mas realmente tem um tempo desgraçado! Estão lindas as fotos, espero que tenhas gostado, apesar do vento e do frio!
ResponderEliminarGostei muito. Já tinha estado mas não tinha tido oportunidade de explorar bem. Visitei alguns dos locais que recomendaste e valeram bem a pena. :)
EliminarQue fotos lindas :)
ResponderEliminarAi Vânia, essas casinhas com riscas são o amor é fotografaste tão bem ❤ vou voltar a Aveiro, só por causa deste post :D
ResponderEliminarCheguei aqui pelo blog da Marta e já me apaixonei. Palavras lindas, fotos lindas, tudo lindo por aqui. Vou amar acompanhar o seu blog, sempre. Aveiro parece ser um lugar lindo para se desconectar e apenas relaxar, ficar em paz e feliz.
ResponderEliminar:)
Que palavras simpáticas Taís. Obrigada! :)
EliminarAdoro a zona de Aveiro, tão bonita! E ti, menina Tânia, escreves cada vez melhor! ;)
ResponderEliminarSou Vânia, Marta. :D Toda a gente me chama Tânia. lololol
EliminarErro de escrita! Sei perfeitamente que és Vânia :)
Eliminarhahaha. Calculei que sim, mas acho piada porque é um erro comum (normalmente falado e não escrito). :D
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